31.5.06

Tanto que aprender...

*Nós, os índios, conhecemos o silêncio*
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Os nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles transmitiram-nos esse conhecimento.
"Observa, escuta e logo actua", diziam-nos.
Esta era a maneira correcta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam dos seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Observa sempre primeiro, com o coração e a mente quietos e, então, aprenderás.
Quando tiveres observado o suficiente, então poderás actuar.
Com vocês, brancos, é o contrário.
Vocês aprendem falando.
Dão prémios às crianças que falam mais na escola.
Nas vossas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre a ter reuniões, nas quais todos interrompem todos e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam a isso "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o tempo com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Interrompem sempre.
Para nós, isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusivé.
Se começas a falar, eu não vou interromper-te.
Escutar-te-ei.
Talvez deixe de escutar-te se não gostar do que estás a dizer.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei a minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito tudo o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vós.
Deveríamos pensar nas palavras como se fossem sementes.
Deveríamos plantá-las e permitir-lhes crescer em silêncio.
Os nossos ancestrais ensinaram-nos que a terra está sempre a falar-nos e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem vozes para além das nossas. Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

Sabedoria Ameríndia



Andavam pelo Brasil...


Entre o hotel e a praia - Costa do Sauípe.





Mico-leão!
Numa das dezenas de palmeiras do hotel, bem pertinho do quarto, à distância de um braço...
Irresistível fotografar!






Projecto Tamar - Praia do Forte

30.5.06

Estou

constipada como tudo e já faz hoje uma semana.
Amanhã volto à rua!

27.5.06


Paula Rego

Reiki 1


Às minhas andanças de novos cursos e formações (Wadô Atsu e Doula), tenho a partir de hoje a acrescentar o 1º nível de Reiki, após dia intenso na Flantropses, com a coordenação do mestre Silveira.
Um grupo muito simpático, misto e de coração aberto.
Parte Teórica, Iniciações e parte Prática, com espaço para duas pausas para um belo chá de 3 anos e um tira-dente, bem como para almoço, a meio do dia.
Um passo do qual não me arrependo e estou muito grata, muitos anos após ter sido extremamente crítica e mesmo céptica em relação a tal prática.
Nunca digas "nunca"!

26.5.06

Os prados e as colinas

"Os prados e as colinas são as melhores farmácias!"
Paracelso - Médico séc. XVI

25.5.06

Para Nós!

foto de Sebastião Salgado
"Se te sentes frustrado e incapaz de mudar as situações que escapam à tua vontade, confia no Poder que pode resolver o que tu não podes."
Actualizei o post do dia 12 de Maio

24.5.06

E o Brasil continua...

Andava eu centrada no dia do passeio às Ilhas, quando algo nos privou da minha escrita. Cá estou de novo!
Ao escrever sobre o Brasil, busco automaticamente a cor verde, não fosse esse o tom predominante, empatado com o azul do mar. Impossível resistir. Se Freud fosse vivo explicaria esta associação...
6 - No regresso da Ilha de Itaparica, alguns pontos dignos de serem mencionados: a) de terra para um bote e do dito bote para o barco, passando por dentro de outro (sería fácil ficar no barco errado!!), b) esparramada no meio do barco, deitada nos colchões, com o abençoado vento a roçar-nos as caras, c) a paisagem de S. Salvador ao anoitecer, d) o guia Paulo "na sua", com a pele bem cortejada pelo mar/sol/vida, o barman Jacaré a fazer mais caipirinhas, o comandante Gorila a conduzir-nos
e e) a quase-angústia de confirmar que o grupo musical fazia jus ao seu nome (Vai e Vem), dado que tocavam bem, mas cantavam pior que eu no banho. Por fim, a surpresa de saber que tinhamos sido capa de revista! Aquele pessoal (re)inventa, desdobra-se em artimanhas e pequenas surpresas na tentativa de conseguir mais uns reais. E consegue! Fica a prova:
7 - Voltando aos dias passados na companhia do Alex, relembro o fino arrepio na espinha, os meus olhos com vontade de olharem só o chão, incomodada, envergonhada, revoltada, apetecendo-me pedir DESCULPA por o que outros que não eu tinham feito: falava-nos dos Escravos! Recordo claramente o momento em que nos explicou como transportavam as damas brancas, em liteiras, até à Igreja e Convento de S. Francisco (onde nos encontrávamos), para que estas assistissem à missa. Eles permaneciam à entrada, num canto escuro, sem visibilidade alguma para a nave daquela belíssima Igreja, acorrentados. Tinham vontade de participar, mas não podiam... Daí também a forte presença do Candomblé e dos Orixás, místico e de raízes africanas, algo fascinante de que falarei separadamente.
Nessa mesma Igreja, riquíssima mas agradável, o impressionante tecto, os claustros com azulejos portugueses em claro contraste a precisar de uma reforma e um sentimento indefinido, mas triste, ao saber que o povo raspa as colunas banhadas a ouro, na tentativa de levar para casa algo valioso...
8 - A questão da tão falada (in)segurança! Chegada ao aeroporto de Salvador: o Guia informa-nos quase de imediato que a segurança não está muito firme. Como me senti? Por incrível que pareça, bem! Há cuidados básicos a ter, fora isso...
Fizemos, a quatro, um retorno ao hotel pelo calçadão e tive imensa pena de a distância não ser maior. Soube excelentemente bem e o medo foi algo que não me acompanhou. Começou aí a vontade de me aventurar, sem guias nem taxis, mas seguimos para a Costa do Sauípe no dia seguinte. Deu para jantar no Boi Preto (outra odisseia para o post gastronómico) e arrancar, na manhã do dia seguinte, para o Mercado Modelo, com hora marcada para deixar o hotel e apanhar o transfer.
9 - Merece um ponto só para si: a referida ida ao Mercado Modelo, na Baixa de Salvador. O quarteto entra no taxi da amiga, à porta do hotel, e com a pressão do contra-relógio acabo por fazer algo de que me arrependo até hoje: à chegada ao destino (vários kms depois) esqueço-me de lhe dar um pouco mais, a ela que tão impecável foi sempre connosco, sem joguinhos: ela mesma. O Paulo ainda a procura mais tarde, mas nada. Desculpa-me! Fica o desejo que a vida te sorria sempre e cada vez mais. Sincero!
Dentro do Mercado, um mundo nos esperava, tal como previsto. Ruas interiores com nome, artesanato muito, valores acima do justo ou mercadoria sem preço a dar oportunidade para o jogo da negociata. Telas, muito artesanato em diversas madeiras, redes, instrumentos musicais, fitas da N. Sr.ª do Bonfim, comidas, roupas de capoeira ou baihana, uma tentação! Relembro, no final, a compra de três pequenas máscaras em madeira e o não ter dinheiro suficiente, por ter confundido uma nota de 10 reais por uma de 5. Encravo, peço desculpa e informo que só posso trazer duas, explicando o porquê. "Não, minina. Esquece isso. Você vai levar as três, sim!" Provavelmente corada, agradeço. Vieram, assim como alguns instrumentos para um futuro Sarau (Viseu ou Reguengos, ainda está por decidir!), a tentadora rede beje e a cocada que a Liliana tanto pediu para não esquecer. Ficaram os reais...
10 - Para terminar num número redondo e porque é verdade: a confirmação de que cerca de 10% da população baihana é de raça branca. A saber: feios(as) e deslavados(as). Predomina claramente a mistura das diferentes raças entre si. Poucos vistos, mas há pessoal bonito, de encher o olho. Como exemplo, a bailarina do Balé da Mata do Coliseu (não é Vasco?). De muito bom gosto e com uma preparação e expressão corporal invejáveis. Bonita que só visto!
Ficam as emoções e os pensamentos relativos a Sauípe por relatar... por enquanto. Brasiu, que saudades! AXÉ!

22.5.06

Dia 5 parto para Londres...

...o Curso de Doula espera-me. :o)))
Ficam aqui duas notícias fresquinhas!
Um casal empenhado em humanizar o nascimento - D.N. 21/5/2006
À sétima gravidez, Ana Cristina Torres fez uma cesariana. Não gostou da experiência e gostou ainda menos de ouvir os médicos dizer que nunca mais voltaria a ter um parto pélvico. "Porquê? Ficámos com muitas dúvidas e começámos a fazer pesquisas." A Internet é um mundo de perguntas e respostas e depressa Ana Cristina e o marido Américo estavam em contacto com as "Amigas do Parto", do Brasil, com as espanholas que gritam "El Parto es Nuestro", com as holandesas que há muito conquistaram o direito ao parto humanizado, com as inglesas que começam a ver as reivindicações atendidas. "E nós?" "Começámos a perceber que deveríamos questionar muitos dos procedimentos que nos habituámos a ter como necessários, como rotina num parto. Serão mesmo os melhores?", pergunta Américo. Procedimentos: uma bata, uma tricotomia (rapagem dos pelos públicos), um clister, uma cama em posição horizontal, pernas colocadas nos estribos, luzes fortes sobre a cara, monitorização electrónica (CTG), ruptura precoce das membranas, introdução de oxitocina sintética (para acelerar o processo), epidural (analgésico), episiotomia (corte do períneo), eventualmente uma cesariana. Procedimentos que se repetem, quase sempre sem perguntar a opinião à pessoa mais interessada. Sem sequer lhe dar uma explicação. E mais, diz Cristina: "Todo o ambiente hospitalar é prejudicial ao parto. É um lugar estranho e, como tal, sentimo-nos inibidas. Aumenta o stress, logo, aumenta a adrenalina e diminui a oxitocina." E depois há todo o lado do tratamento dado às grávidas e acompanhantes, a maneira como se fala, aquilo que é dito.Nos últimos anos, Ana Cristina e Américo deram forma à Associação Portuguesa para a Humanização do Parto (Humpar), oficializada desde Fevereiro e já com 113 sócios. "É preciso mudar as mentalidades", diz ele. "Neste momento, o mais importante é informar as pessoas." "Pensei muito nas minhas filhas e nas minhas noras", diz ela. "Iria sentir-me culpada se, sabendo a verdade, não fizesse nada." A Humpar não defende o parto em casa a qualquer preço, mas defende o parto humanizado e seguro. E foi por isso que, depois de um oitavo parto ainda num hospital (embora já com outra preparação), à nona gravidez, com 40 anos e sem nenhum medo, Cristina quis dar à luz em casa. Foi em Julho do ano passado. O sol do fim da tarde entrava pela janela da cozinha e batia ligeiramente no sofá onde ela se atarefava em respirar e relaxar. "É maravilhoso", conta, embevecida. "Em casa, o nascimento é uma festa, estamos rodeadas pelas pessoas de quem mais gostamos, temos as nossas coisas à mão." Vinte minutos depois do nascimento de Joseph Benjamin, estava rodeada por todos os filhos, tomou um duche na sua banheira, deitou-se na sua cama e dormiu com o seu bebé a noite inteira. MJC
Uma maternidade dentro da própria casa - D.N. 21/5/2006
Foi tudo muito rápido. À uma da manhã as contracções já eram intensas, a seguir chegou a parteira, Irene Franco deambulou pelo quarto, pôs-se de gatas, deitou--se de lado, até que, finalmente, encostada ao seu incansável marido, "colada a ele" e na cama onde dormem abraçados todas as noites, Irene fez força, toda a força, até nascer a pequena Lara. Não aconteceu nos anos 60. Foi há apenas três anos e cinco meses. Irene optou por dar à luz em casa. E não é a única. Em pleno século XXI, são entre 400 e 700 as mulheres portuguesas que, todos os anos, preferem não ter um parto hospitalar. Não aceitam o modo como se nasce hoje em dia nos hospitais, recusam-se a ser mais uma "doente" quando estão apenas grávidas, exigem que o parto volte a ser encarado como um acto fisiológico - que é - e não como um acto médico - que só deveria ser em casos excepcionais. Como diz Irene: "Sempre me pareceu que os partos hospitalares têm imensas complicações e que recorrem a um sem-número de proce- dimentos que contrariam a nossa habilidade natural para ter filhos." "Tem havido cada vez mais uma 'medicalização' do parto, com processos agressivos e que desvirtuam tudo o que é a fisiologia e a beleza do nascimento", confirma António Ferreira, 42 anos, enfermeiro-obstetra em hospitais há 12 anos e que há quatro começou também a realizar partos domiciliários. "Existe um excesso de intervencionismo no parto, que provoca aquilo a que chamamos o efeito cascata [procedimentos que levam a outros procedimentos], com consequências terríveis para a mãe e para o bebé." Segurança em primeiro lugar
Num momento em que se discute o encerramento de maternidades por motivos de segurança, falar de parto domiciliário parece um absurdo a Luís Graça, presidente do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos. "É um disparate", dispara. "A única maneira de ter filhos em segurança é em ambiente hospitalar e em hospitais devidamente equipados. Há sempre uns originais e até pode haver uma moda, mas vai passar. São fantasias."
A Irene bastaram poucas pesquisas para ficar convencida do contrário: "Quem critica o parto domiciliário costuma referir os números da mortalidade infantil e as complicações que existiam antigamente. Mas não estamos a comparar realidades idênticas", diz. "As pessoas viviam longe dos hospitais, os acessos eram maus, as mulheres não faziam uma alimentação correcta, não eram seguidas pelos médicos, não faziam qualquer preparação. Hoje falamos de mulheres informadas e de partos domiciliários preparados."
Mariana Tomás Fernandes, 51 anos, enfermeira-parteira há 30 anos, confirma: "As mulheres que optam por ter os filhos em casa são geralmente pessoas muito informadas, que querem participar na íntegra neste momento e querem que o seu filho também participe." "A segurança está sempre em primeiro lugar", acrescenta António Ferreira. Até hoje, nenhum deles teve problemas, mas ambos sublinham a importância de ter sempre "um plano B" e de saber quanto tempo se demora até ao hospital mais próximo. "Está provado que, com uma gravidez normal e um parto sem complicações, é tão ou mais seguro ter um filho em casa do que no hospital", explica Américo Torres, da Humpar.
Experiências traumáticas
Luísa Condeço despertou para este problema depois de um parto complicado, de uma cesariana e de um pós-parto com muita depressão. "Não só os partos podem deixar sequelas físicas e psicológicas nas mulheres como hoje sabemos que o modo como nascemos influencia a nossa vida, aquilo que somos e até algumas das doenças que vamos ter." Hoje, Luísa, uma das Doulas de Portugal, fala com ternura de todas as grávidas que ajudou a não passarem pelo que ela passou. "Muitas das mulheres que me procuram tiveram experiências traumáticas nos hospitais que não querem repetir", confirma Mariana Tomás Fernandes.
"Uma experiência de parto pacífica, tranquila e feliz tem benefícios para a mãe e para o filho", garante Luísa Condeço. Do outro lado, António Ferreira refere "o prazer de ver os rostos das famílias que recebem o bebé no seu ambiente, devidamente preparado."
Durante a gravidez, Irene fez hidroginástica e ioga para a ajudar no relaxamento e frequentou um curso de preparação, embora reconheça hoje que "tudo aquilo que precisamos saber está dentro de nós. É inato. Actualmente podemos estar um pouco desconectadas dessa realidade mas está tudo lá", diz numa voz serena. Nunca sentiu medo. "Estava muito confiante. Acredito que criamos a nossa própria realidade. Desejei proporcionar à minha filha um parto o mais natural possível. São pequenos momentos mas são determinantes nas nossas vidas."

18.5.06

Para pensar

"When we talk to God it's called prayer. When God talks back it's called schizophrenia."
Obrigada pelo contributo, MM!

17.5.06

Mensagem numa saqueta de chá brasileiro

A sabedoria não nos é dada; é preciso descobri-la por nós mesmos depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós.
Marcel Proust

16.5.06

O corpo é o santuário do Espírito

E porque assim acredito que seja, vou dar uma corridinha com o Paulo, a Elsa e o Telmo.
Buga!

Oiço a Ave Maria de Schubert...

... e acendo 1 incenso para completar este sentimento de Paz que me invade. Aproveito-o, saboreio-o e agradeço-o!

12.5.06

Feliz Aniversário!

Today is my party, I can cry if I want to...
Não me apetece chorar, mas sim sorrir e agradecer tudo a todos, incluindo-me a mim. O bom e o menos bom, pois com tudo se aprende e se cresce! Dizer publicamente, sem vergonha ou perconceitos: AMO A VIDA, AMO os meus Pais e a minha Irmã (Lindinho, tu estás aqui incluído), AMO o Paulo, AMO os meus Amigos de "A" maiúsculo e os meus Familiares de "F" maiúsculo. AMO-ME a mim e a todos os Seres de Luz. AMO Deus e toda a sua obra: o Ser Humano, a Natureza, o Amor...
Este aniversário, sinto que mais do que outros, está a ser motivo de reflexão, auto-afirmação e crescimento. Tenho descoberto mais os contratempos e os desgostos, mas também até onde cheguei e de quanto é preciso ainda fazer.
Faz hoje, de facto, 32 anos que o Autor da Vida me inscreveu no livro da história!
Do pequeno-grande livro em cima, retiro mais alguns pensamentos sentidos, partilhados:
"Avalia as tuas relações não pela abundância de presentes, mas pelos sentimentos que enriquecem a tua vida: a lealdade, a sinceridade, o carinho, a solidariedade." O balanço é bom! :o)
"... Faz do teu dia a mais bela ocasião para esquecer toda a negatividade e intolerância que te afasta de ti e dos outros." É um caminho que já venho a percorrer há algum tempo. Ainda há algum pela frente...
"Se te sentires desanimado por não obteres as respostas que precisas, mesmo assim procura manter a paz. A vida não é um puzzle para resolver, mas um mistério para descobrir. Reflecte cada uma das perguntas e continua a procurar com amor." Um dos meus propósitos diários, por vezes com muito esforço e nem sempre ainda conseguido.
Fiquem bem!

11.5.06

De 2 a 10 de Maio: BRASIU, BRASIU!!!

Há imagens, sons, sabores, odores e saberes impossíveis de descrever e ir ao Brasil deixou-me um pouco assim: sem saber o que dizer ou como o dizer, com a sensação de não conseguir transmitir o que se viveu.
O Paulo vai fazendo o seu Diário de Bordo, por isso corro o risco da repetição, mas não resisto a escrever sobre alguns momentos!
1 - Foi o nosso 1º vôo com a Sata, que está aprovadíssima e altamente recomendada. Bom atendimento, conforto e excelentes aterragens. Comandante Nuno muito acessível e prestável. O único senão detectado, dado até os filmes passados terem sido de qualidade e não repetidos: com check-in às 09:30, embarque às 11:00 e chegada a Salvador às 16:00 (20:00 - hora portuguesa), a refeição de garfo só chegou perto das 14:00 e só houve a acrescentar 1 Mufin (queque) e 1 bebida até Terras de Vera Cruz. Os estômagos colaram...
2 - O casal Dália e Vasco, alentejanos de gema e casadinhos de fresco, que connosco partilharam alguns momentos desta Aventura e foram bons compinchas. Ele amante das aves, ela... de queijo! Juntos, (sor)rimos ao falarmos dos Papais, dois casais mais velhos sempre presentes, por eles tão bem baptizados.
3 - O Alex! Guia da Travelplán que nos recepcionou no Aeroporto de Salvador, mas nos "abandonou" ao final do dia 3. Fomos A Família de Alex no Passeio Histórico e no Bahia à Noite. Culto, conhecedor, excelente comunicador, ex-professor, bem humorado e de sorriso rasgado, elucidou-nos sobre a não existência de favelas no Brasil, mas sim de construção desordenada. Ensinou muito da História do Brasil e de Portugal, tocou pontos aparentemente sem ineteresse, deu a conhecer os Orixás e o Candomblé, bebeu connosco uma caipirinha no Bar do Carlinhos Brown (até aí meu desconhecido...) e levou-nos até um restaurante bem agradável, sobre o mar e a praia, para almoçarmos nesse mesmo dia. Mas de comidinha escreverei mais tarde, hum, hummm...
4 - Até dia 4, acompanhou-nos o Rei Artur (cameraman), mas ainda não vimos as filmagens, pois aguardamos ansiosamente uma cópia do DVD trazida por um dos pombos do Vasco ;o))
5 - A flora das Ilhas (em especial da Ilha dos Frades, porque mais pequena e conhecida mais em pormenor), a Paz, tranquilidade das águas daquele mar calmo e morno da Bahia de Todos os Santos (com este nome, porque foi descoberta no Dia de Todos os Santos), onde brinquei como uma criança, nadei, boiei de olhos fechados concentrada no som dos papagaios, saltei, tropecei em peixes, espreitei um barco de pescadores parado no meio das águas, sorri e agradeci a Deus por esta Natureza Magnífica e por eu e o Paulo estarmos a poder saboreá-la. Indescritível. Os melhores banhos de mar do Brasil! A espetada de queijo com óregãos (Ai Dália, que só me levas para maus caminhos!) e, finalmente, a minha água de côco no mar. Que BOM!!!