Quando se faz mudanças ou se pinta uma casa, as arrumações são um imperativo que passa primeiro pela desarrumação.
Ontem passei algumas horas a abrir o Baú de Recordações!
Por entre gavetas, armários, malas, sacos e caixinhas, deparei-me com recortes do meu passado, de mim e dos outros, de partes da minha Vida.
Do espanto ao sorriso, de tudo senti um pouco: saudade, medo, plenitude, tristeza, amor, carinho, sei lá... Tanto que senti e revivi.
Os segredos escondidos de há metade da minha vida, pareceram-me agora deliciosas recordações, sem segredo algum: eram pedaços de momentos dessa época, de descobertas e vivências que não queria partilhar com mais ninguém da casa e chegava a recear que descobrissem... que eu estava viva e a crescer!
Deixou-me um pouco nostálgica, mas indubitavelmente feliz por continuar a viver, descobrir e crescer.
Ao ler cartas antigas, sorri, senti-me amada, tive remorsos e orgulhei-me de quem sou.
(re)Descobri roupas esquecidas que trouxe comigo: para voltar a usar, para dar, para simplesmente guardar.
Num saco, enroscados uns nos outros, estavam os meus velhos amigos de peluche e foi emocionante saber ainda os seus nomes, por que porta tinham entrado na minha vida, que significado tiveram ou têm ainda. A minha Nucha! Mas da maior parte separar-me-ei: para mim são lindos e fazem parte de uma história, mas para algumas crianças poderão ser a causa de um sorriso, os seus confidentes e fazer parte de novas histórias. Ficarei com dois ou três, mas todos cumpriram a sua missão.
No Baú das minhas Recordações encontrei muito mais do que o que é material. Encontrei sentimentos, cheiros, sabores e momentos. Como e quem fez parte do meu crescimento. Reencontrei parte de mim!
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