24.4.06

Ao som dos Cocteau Twins...


Faço a refeição do meio do dia e aproveito para analisar as fotos que tirei pela manhã ao "piolho".
As fotografias dos dias cinzentamente ensolarados em Lisboa também foram revistas e saboreadas. Pena a núvem cinza que insistimos em manter, mas... tudo está bem quando acaba bem!
Soube bem rever Lx, o rio, os amarelinhos , o Bairro Alto, o metro.
Deambular pelos cantos escondidos, onde parece que nada se passa, mas se ouvem gritos nas casas, crianças a brincar ou a chorar após uma investida de cinto. Onde a roupa é estendida num silêncio observador de quem faz da sua Vida a vida dos que passam. Onde se encontra o nicho mais nauseabundo frente a um espaço de novos designers portugueses (fechado na 5ª feira! Retrato de Portugal?).
A descoberta de uma das Igrejas mais imponentes deste país, bem no meio do pulsar da cidade, com uma história longa a contar, cheia de verdade e sentimento. Qual Siza Vieira qual quê! ("no lago de S. Domingos, onde se situa a Igreja deste antigo mosteiro dominicano, ardido em 1755.")
E o Martin Moniz, em lojas de indianos, de sapatos de missangas e sacos de pano coloridos, onde se encontra mesmo aquilo que não se procura...
Os Miradouros, os companheiros de jornada e a bela da cerveja, dois dedos de conversa ao longe numas águas furtadas. Pelo caminho, o artesanato português num recanto "só para quem pode" e a vontade de o tornar mais acessível.
Jantar com tea-lights no Agito, onde a Beringela Recheada é obrigatória, para não mencionar o tinto que a regou. Depois de um almoço à portuguesa (favas no 1º Maio), com algumas caras mais conhecidas a partilharem o local do repasto, a noite era obrigatoriamente vegetariana. A cereja em cima do chantily? A caipirinha que o Rui fez questão em pagar.
De regresso, o CCB pela manhã e, porque estão ali ao lado e todos temos barriguinha, os pastéis de Belém.
Optamos por não assustar o Rui, deixamos Sintra para um dia com menos pó e seguimos para Peniche, onde chuva e peixe fresquíssimo se misturaram. O Baleal foi a excentricidade, dado o "banho" e a necessidade de trocarmos a roupa em Óbidos (dentro do carro, sim sr!). Mas valeu!
Vontade de repetir, em breve e com mais tempo.

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